Por Lidomar Nepomuceno.
Mãos ao luar,
Olhos no teto,
Pensamentos no peito.
Sentindo no corpo,
Sentido do corpo,
Meu corpo eu,
Me pertenço.
Sentidos,
Tato do verbo que me move
Pretérito ser que se faz ameaça presente.
Não renova o finado sujeito cativo de ontem,
Nem de amanhã.
Não mais que hoje,
Se fez: fluido, volátil, veloz na lerdeza de ser e estar.
Já é e ainda não.
Na chegada do que nunca partiu, porque não fôra.
Não é, nem será.
Sempre e nunca quando visto no que se oculta de mim.
Em mim sou, quando não era nada mais do que foi posto presente
No que se esperava que viesse a ser eu.
Uau! Poema repleto de leveza e fortaleza que me atravessa o corpo de maneira sedutora e me arranca um doce sorriso! Gratidão e parabéns!
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Um misto de Heráclito e Parmênides burilado com sabedoria do coração.
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