Um breve resumo da I Semana SertãoPunk e o lançamento dum volume de contos SertãoPunk de um dos nossos autores.
A última semana foi bem animada, tanto pra gente do Alagadiço Literário quanto pra galera da CPI. Nela, publicamos e protagonizamos a I Semana SertãoPunk. Note: Primeira. Escrevemos isso porque a gente não cansou, longe disso, estamos só na largada. Nosso pique, hoje, está mais afiado que o dos senados que querem ver os Bolsonaro’s na cadeia.
Abrimos a semana com um artigo-resumo de Chico Milla intitulado Sobre o SertãoPunk, minha Vó e a Terra da Luz e o microconto Amnésia da G. G. Diniz, que é escritora, blogueira no Usina de Universos, editora da revista Ignoto e co-criadora do SertãoPunk. No primeiro texto, se explica o que é o movimento, suas pretensões e sua trajetória até aqui. Se você quer conhecer o SertãoPunk sem gastar muito tempo, é o material perfeito. O segundo é um exemplo prático da proposta. Já imaginou acordar e não lembrar de nada? Tipo Frankenstein, já pensou em voltar da morte? Amnésia aborda isso.
Na terça, publicamos Neste conto o gerúndio é nosso maior aliado de Flaviano Lima, um artigo falando do processo de preparação, escrita e edição dessa semana, e o conto O Nosso Lugar ao Sol, de Caio Marques, um SertãoPunk com traços do Solarpunk que trata de temas como alienação, nacionalismo e o questionamento do que, no fundo, em última instância, faz de nós humanos.
Quarta, quinta e sexta foram dias exclusivos pra contos. Na sequência, publicamos Entrelinhas, de Bercles, um conto onde o Nordeste é independente e uma crise econômica assola uma sociedade erguida sobre os trilhos de trem-balas e que, ainda assim, precisa de mão de obra barata pra se manter, Cafundó é um Lugar, de Jennyfer Costa, uma narrativa emocionante envolvendo uma garota, seu pai caminhoneiro e uma senhora que encontram no meio da BR. Jennifer é certeira nos nomes, na ambientação, no intimismo. No dia seguinte publicamos A Cidade que Ninguém Nascia, de Flaviano Lima, onde o autor usa e abusa de metalinguagens; há uma referenciação direta ao conto do Caio Marques, publicado anteriormente, assim como que se passa no Brasil contemporâneo, onde muitas pessoas são incisivas ao demonizarem o aborto e passíveis quando um Governador derruba um viaduto com pessoas embaixo (oi Dória? Tudo bem?). Na sexta, saiu Estrela de Areia, do autor convidado pra semana, Allan Jhonatan, idealizador do blog/vlog Humanito, uma história sobre o que, lembrando aqui de Marcelino Freire, nos remete à dita Literatura de Resistência. Uma história de amor às coisas, às pessoas, e medo do que, quer queira, quer não, as controla.
Como se não bastasse, lançamos ontem o podcast do Alagadiço Literário com a 1º parte de Chapéu de Palha, de Flaviano Lima, uma produção SertãoPunk com suspense suficiente pra fazer o braço arrepiar, na voz de Bruno Rafael com participação de Jhonantha Santos e encerramento de Raiane Alves. No mesmo dia também foi lançado o microconto Kaiju no Instagram do blog, sendo de autoria do Chico Milla.
Hoje, com este post, estamos encerrando a semana. Triste, né?
Mas não, não acaba por aqui. Agora, nesse exato momento, está sendo lançado no Wattpad o volume de contos Aquele que é Digno de ser Odiado, uma reunião de narrativas SertãoPunk publicadas aqui, no Alagadiço Literário, na coluna Espinhaço ao longo de 5 segundas-feiras. Chico Milla traz nessas 7 histórias (ambientadas em sua maioria no Sertão Cearense) narrativas que contradizem estereótipos, satirizam o Brasil contemporâneo e dão vida à personagens que, apesar do tempo, não se calam. Com capa de Henrique Morais, Chico Milla mente pra contar a verdade.
Olha a sinopse:

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Em algum lugar entre o sensível e o robótico, os contos desse volume passeiam num Nordeste SertãoPunk cheio de tecnologia, viadagem e habitado por uma gente que pode ser tudo, menos exótica. Seja encarando uma invasão alienígena numa fazenda, uma sessão de Terapia Familiar ou vendo de perto o processo de criação dum escritor que humilha constantemente sua androide, os narradores e personagens dessas histórias trazem consigo um Nordeste que não parou no tempo, muito pelo contrário. Um Sertão que fala por si mesmo. E que é mais do que dizem.
E o melhor: é grátis. Caso queira ler, só clicar aqui.
Enfim, estamos muito felizes. E como não estaríamos? Mas pra finalizar não vamos falar de felicidade, só vamos usar um clichê das entrevistas com jogadores de futebol na beira do campo: a palavra é gratidão!
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