Natal sem luz – Parte IV

Ansiosa por apresentar-se àqueles que pareciam temer sua presença e a de seu povo, Aurora, que momentos antes teria tentado revelar suas intenções a Enzo, esperava a porta de sua nave abrir-se por completo, para finalmente contar a verdade aos que ainda estavam conscientes de suas ações… Continuar lendo Natal sem luz – Parte IV

Livros, cupcakes e sorvete de tangerina: Parte III

Cedo da manhã, Jéssica levanta arrastando-se como se tivesse carregado pedras no dia anterior. Andando pelo apartamento ela esbarrava nos móveis e se espreguiçava, constatando que precisava de um banho e um bom café. Continuar lendo Livros, cupcakes e sorvete de tangerina: Parte III

Livros, cupcakes e sorvete de tangerina – Parte II

No dia seguinte, Jéssica acordara decidida a chamar a atenção de Álvaro durante o encontro no almoço. Mal sabia ela que Álvaro trabalhava para a editora rival, e que assim como ela precisava de uma história para escrever. Ao longo do expediente da manhã, a editora recriava situações em sua mente para ensaiar as melhores formas de deixar seu alvo interessado. Continuar lendo Livros, cupcakes e sorvete de tangerina – Parte II

Livros, cupcakes e sorvete de tangerina – Parte I

Na sala de reuniões da Editora Lobos, comemorava-se a nomeação do novo presidente, Sérgio Lobos, ou “o guerreiro” como Jéssica costumava ironizar junto aos funcionários da empresa. Seu novo chefe nada mais era que o herdeiro da renomada família conhecida pela longa existência no mercado literário. Continuar lendo Livros, cupcakes e sorvete de tangerina – Parte I

Travessia da morte – Parte I

Em mais um desses dias que não há para onde correr, senão para o asfalto, Otávio, Malú e Fiu contavam  as balinhas que iriam vender. Empolgados com as novidades na mercadoria, os bombons de “baba de bruxa”, cantarolavam a caminho do sinal. Era véspera de Halloween e como todos pareciam importar-se com a data, os três resolveram inovar nas vendas. Naquele dia, 30 de outubro, iriam dar tudo de si e voltar para casa com os bolsos cheios, ou pelo menos com dinheiro suficiente para o jantar e almoço do dia seguinte. Continuar lendo Travessia da morte – Parte I

FORA

Quando por um acaso de mim lembrarNo porta-retrato eu vou estarNum papel amassado pela mão que me teveTantos outros quadros pendurados na parede Teria sido poético, teria sido simSe meu eu cético não fosse assimE aí tu me encontrariaNaquela esquina da padariaQue eu costumava Caetano escutar Fora cor, fora eu, fora nósNo sussurro da vozFora não, fora sim, fora inverno verãoAqui dentro de mim O … Continuar lendo FORA

Não-oração

Sobra tudo aquilo que ainda falta  Temperado pela lágrima contida  Num estado de timidez Enfrentei O final que eu não quis Mercúrio não adiantou Vênus e Marte colidiram Aos astros Peço para que não retornes Porque mudei de caminho Eu não oro por uma direção Esperei Como se o momento certo existisse Tentei nomear  Quando outrora não era classificável Fui avisada Uma caixa de pandora … Continuar lendo Não-oração

Eu comigo

Confesso não me arrepender de cada escolha feita até aqui. Gosto de pensar que estou no meu melhor momento, que estou conhecendo o melhor de mim. Tive fases ruins demais para lembrar, o alcoolismo, a depressão, a ansiedade… Por meses foram meus companheiros fiéis, teria eu tornado-me o próprio conflito? Precisei descer a escada no escuro, sem saber onde exatamente eu deveria pisar. O ruído … Continuar lendo Eu comigo

Morgana e o enigma da caixa

Todas as vezes que eu me sinto confusa, corro para o parque e sento no último banquinho de concreto, é o mais isolado e dá uma bela visão para o restante do espaço. Daqui a três dias completarei dezoito anos, e o roteiro que imaginei durante toda a minha vida encerrava aos dezessete. Minha melhor amiga, a Laura, diz que é normal ficar apreensiva mas … Continuar lendo Morgana e o enigma da caixa

Para quem cuida de mim

Observava meticulosamente cada gesto, procurando identificar a intenção. Sentada na mesa da cozinha, acompanhava o vai e vem, os diálogos iam de comentários sobre a rádio, que dava a casa o ar de movimentação, e as notícias do dia. Comecei a analisar automaticamente, parecia programado, ensaiado… O que significava tudo aquilo? Por que tanto cuidado? Para quê tantos detalhes? Enquanto pegava o pão para passar … Continuar lendo Para quem cuida de mim